O começo da Boutique de Casas
Olá! Meu nome é Vanessa e vou te contar hoje como nasceu o conceito da Boutique de Casas. A sementinha dela nasceu há um tempo atrás com esse carinha sensacional da foto aí em cima (eu sou suspeita né :)).
Temos uma construtora já há 8 anos e sempre que possível eu o levo para acompanhar as obras. Ele sempre acha o máximo essas visitas, se diverte horrores! Mas sempre soltava um comentário do tipo: "mamãe, que legal a obra, mas sempre tem tanta sujeira! " Ou, "A obra está bagunçada!", ou, "Para onde vai o lixo da obra?" E por aí vai...quem tem criança sabe como eles podem emendar uma sequência infinita de perguntas....
Ele sempre pedia para levar para casa alguns "tesouros", para ele brincar em casa. Os tesouros eram os materiais da separação de resíduos. Eu deixava ele escolher alguma coisa e voltávamos todos felizes para casa.
Num dia desses, estávamos fazendo um engradamento de telhado. Ele olhou aquela madeira toda e perguntou: "Mamãe, essa madeira veio de onde? Algum animal ficou sem casa?" Alí eu tive o clique!
Respondi que aquela madeira não veio de nenhum desmatamento (que de fato não vinha), e que ele não precisaria se preocupar, pois ninguém perdeu sua casa para aquela madeira estar ali. E fomos embora. Mas ali eu comecei a pensar, ainda mais....
Eu também nunca gostei da forma tradicional de construir e sempre que possível, adotamos tecnologias construtivas para diminuir a geração de resíduos e o impacto ambiental. Porém, o que fizemos até então ainda é muito, muitíssimo pouco! É insuficiente para sermos realmente sustentáveis.
Percebi, naquele momento, que as mudanças que gostaria de realmente implementar no meu canteiro de obras têm muitas barreiras, mas não têm uma em particular, a mais importante delas, que é a barreira do usuário! Sempre falamos que as pessoas querem uma construção tradicional e por isso é difícil inovar, que todos só querem um preço de m2 baixo, que os bancos não financiam na planta e por aí vai o repertório de "justificativas"....
Uma criança, na sua ingenuidade e na sua falta de preconceito natural, percebe e entende que uma obra desperdiça muito material e que uma obra não deveria impactar o meio ambiente. Uma geração que já está aí, e a próxima que vem vindo, simplesmente não vai aceitar a explicação "Mas nós sempre fizemos assim! Seu avô morou numa casa assim, seu pai morou numa casa assim e você nasceu numa casa assim...então a sua casa tem que ser assim também"
Essa geração é, ainda bem, diferente! Não quer dizer que o que fizemos até então é ruim ou está errado, não é isso. Mas não podemos mais frear essa mudança.
A história dos 3 porquinhos enfiou na nossa cabeça que casa resistente é a casa de tijolos. Aqui em casa, a história já é contada diferente! A melhor casa é feita de aço, a partir de sucata reciclada, e não voa pois tem contraventamento e bloqueadores :D:
Ao ver um menino de 5 anos contar a nova versão dos 3 porquinhos para sua irmãzinha de um ano dormir, vi que só dependia de MIM trazer a revolução para o nosso mercado, aqui no Sul de Minas. O mercado não vai torcer o nariz. O mercado é inteligente. Nós construtores é que não estamos oferecendo as opções para que o nosso cliente possa escolher o que mais lhe agrada.
Se alguém me pede um piso, ou uma parede ou uma casa inteira, por que EU não ofereço as opções? Nós, como construtores e projetistas, temos a obrigação de explicar ao cliente as opções que ele tem e deixar ele decidir. Não existe mais só o tradicional, existem sim inúmeras opções tanto para pequenas reformas até para construções inteiras!
Uma obra não precisa ser um motivo de stress, um motivo de briga entre os casais, nem sinônimo de orçamento que sempre estoura e cronograma que sempre atrasa. Isso é passado!
Aqui, na nossa página e nas nossas mídias sociais, você vai ver sempre uma sugestão de como ser diferente em cada etapa da sua casa, em cada detalhe. E isso não é mais o futuro, por que o futuro, já está batendo na sua porta!